Antes de entrar nos detalhes de que queremos tratar neste post, gostaríamos de dar o entendimento macro da dimensão de um projeto de nuvem abordando, de forma geral, as etapas envolvidas nesse processo:
1. Dimensionamento do projeto: qual a capacidade de servidores, quais sistemas operacionais e bancos de dados precisam ser contratados e como será o acesso dos usuários ao ambiente;
2.Contratação do ambiente: qual o melhor formato de nuvem a ser contratado e qual o provedor mais indicado para atender a disponibilidade, o desempenho e a segurança que a empresa precisa;
3. Migração das aplicações: criação do ambiente lógico adequado para hospedar a aplicação, implantá-la nos novos servidores e migrar banco de dados;
4. Homologação, testes e produção: realização de testes utilizando uma amostra de usuários, medir se há perda de performance, bem como se tudo está funcionando. Colocar em produção com o mínimo de impacto para os usuários;
5. Suporte e gerenciamento: atender às demandas relacionadas ao novo ambiente, gerenciar novas contratações e atender o SLA necessário para garantir o sucesso da operação.
Essa visão nos dá a ideia do tamanho de um projeto de nuvem que, mais do que horas técnicas de execução, demanda um nível de especialização acerca dos recursos envolvidos e “senioridade” para planejá-lo e gerenciá-lo. É preciso considerar também que, além do projeto de implantação, a nuvem trará uma demanda recorrente por gerenciamento do ambiente.
Para responder a pergunta do título do nosso artigo, precisamos considerar as variáveis de cada negócio, tais como:
- Porte;
- Segmento de atuação;
- Nível de maturidade da TI.
Não conseguiremos especificar cada uma dessas variáveis, por isso abordaremos de forma geral três cenários:
Empresa sem uma área de TI
Normalmente, a empresa sem área de TI é aquela que possui grande parte da sua equipe dedicada ao core business e área administrativa responsável pelo back-office. As demandas de TI – atendimento aos usuários, manutenção de equipamentos e afins – são atendidas por um fornecedor de suporte técnico dentro de um contrato de horas mensais, ou ainda por um técnico que é chamado ao escritório apenas quando necessário.
Neste cenário, assumir um projeto de nuvem por conta própria está fora de cogitação, pois os profissionais maduros da empresa possuem outras especializações que não envolvem a área de TI. Esperar que um fornecedor de suporte – que até então cuidava da manutenção dos computadores e impressoras – dará conta de tocar um projeto dessa envergadura é fadá-lo ao fracasso.
Empresa com um profissional de TI
Muitas empresas possuem um profissional de TI de maneira presencial e dedicado full time, independentemente de ser contratado diretamente pela empresa ou de ser terceirizado. Esse profissional, na maioria dos casos, é responsável por atender aos chamados dos usuários e cuidar dos recursos de infraestrutura de TI, como os servidores, computadores, impressoras, telefonia etc.
Ainda que esse profissional dê conta das demandas técnicas do dia a dia, o cenário não é muito diferente do citado acima, em que a empresa não possui uma TI. Isso porque, normalmente, o profissional alocado na companhia possui um nível mais iniciante – afinal, ter um profissional sênior custa muito caro – e não possui preparo para assumir o projeto de nuvem. Ele provavelmente se esforçaria para fazer bem feito, mas seria como dar um avião nas mãos de uma pessoa habilitada para pilotar carros.
Empresa com um departamento de TI
Entendemos por “departamento” uma área da empresa já estruturada com pessoas e níveis hierárquicos, ou seja, um gestor com um ou mais técnicos/analistas abaixo dele. As empresas que possuem departamento de TI são aquelas de médio e grande porte, com um número de usuários na casa das centenas e com múltiplos sistemas para gerenciar.
Mesmo com mais disponibilidade de mão de obra e com maior especialização dos profissionais, esse departamento de TI já possui suas atribuições. O gestor, normalmente, está envolvido com a direção da empresa e administra os sistemas e seus respectivos fornecedores, e os analistas/técnicos, sobrecarregados com as demandas diárias dos usuários e da infra. Em suma, essa equipe pode dar conta de desempenhar um projeto de nuvem, mas é preciso considerar se ela possui disponibilidade para executá-lo, considerando a demanda extra por realizar testes e viradas fora do expediente, o que pode representar alta carga de horas extras, entre outros obstáculos.
Nossa conclusão é que, ainda que a empresa possua mão de obra interna para realizar o projeto, a melhor hipótese é ter um parceiro que o apoie, seja com a terceirização completa deste, seja com apoio extra para a equipe interna. Salientamos que os elementos envolvidos são críticos e um projeto mal executado pode trazer danos irreversíveis para o negócio, como paradas na operação, perda de dados, quebra de segurança, entre outros.
A Penso é o parceiro de nuvem que sua empresa precisa para desempenhar projetos e gerenciamento de ambientes. Se está considerando migrar para a nuvem, não deixe de falar com um de nossos especialistas que poderá lhe dar o melhor direcionamento.