No primeiro item do nosso especial de artigos sobre modalidades de nuvem, abordaremos no detalhe a nuvem privada, também conhecida como internal cloud ou corporate cloud.
O primeiro ponto importante a ser esclarecido é que, diferente do que muitos pensam, nuvem privada não é uma tendência ou novidade. Apesar de ainda ser uma inovação com grande espaço para se desenvolver, a nuvem privada já é realidade em muitas empresas de pequeno, médio e grande porte dos mais diversos segmentos em cada canto do mundo. Na Penso, temos vários cases de nuvem privada, muitos deles já apresentados aqui no blog.
A principal diferença da nuvem privada para a nuvem pública é que a primeira fica ambiente próprio do cliente , não necessariamente dentro do ambiente físico da empresa, mas dentro do firewall e totalmente gerenciada por seus funcionários ou prestadores de serviços. A nuvem privada é ainda uma preferência por parte das empresas que ainda não se sentem confortáveis em ir para uma nuvem pública, por receios acerca de segurança, por cultura organizacional ou aspectos regulatórios, justamente pelo fato de a empresa ter total controle sobre seus recursos e não compartilhá-los com outras empresas.
Uma questão que normalmente ocorre em uma empresa que já realizou um grande investimento em recursos de TI é: O que fazer com os recursos já contratados? Simples – a nuvem privada é a melhor maneira de aproveitar, e mais, otimizar todos os recursos, pois ela permite agrupar e centralizar os recursos do ambiente computacional, como servidores, storage e até desktops, e ofertá-los como serviço – conceito conhecido como IaaS (Infraestrutura as a Service).
No artigo anterior, citamos que a cloud computing caminha para oferecer um modelo self-service para os usuários/clientes. Pois bem, a nuvem privada permite que a TI entregue, em formato de serviço, uma máquina para atender a necessidade de um cliente, departamento ou usuário.
Exemplo: o departamento de RH realizará uma campanha de fim de ano e precisará de recursos de TI para atender suas necessidades. No modelo de máquinas físicas, esse procedimento levaria cerca de 30 dias em uma empresa (considerando que a TI poderia até precisar comprar o servidor físico), mas isso pode ser feito em poucas horas com máquinas virtuais dentro de uma nuvem privada.
Otimização da nuvem privada com virtualização
Para obter os benefícios que já citamos neste artigo, a virtualização é uma componente-chave para nuvem privada e, junto com outras ferramentas, possibilita a uma empresa obter:
- Maior aproveitamento de máquinas como servidores, explorando ao máximo a capacidade de cada uma individualmente;
- Centralização no ambiente de datacenter, beneficiando o gerenciamento e reduzindo a complexidade de TI;
- Escalabilidade dos recursos através da criação de novas máquinas virtuais e provisionamento desse crescimento;
- Redução nos custos com aquisição de novos equipamentos e ainda com energia elétrica e ar condicionado;
- Aumento de segurança com firewalls, soluções de backup e afins centralizados no datacenter.
É claro que, mesmo com a otimização e melhor aproveitamento dos recursos, uma nuvem privada requer uma retaguarda com capacidade em termos de memória, processamento, armazenamento e afins. Além disso, demanda equipe especializada e dedicada para cuidar.
O que é caracterizado como nuvem privada?
Segundo o Gartner, existem alguns fatores para caracterizar um ambiente como sendo uma nuvem privada. São eles:
- Oferta de recursos (infraestrutura e aplicações) como serviços;
- Elasticidade e escala adequada à demanda do cliente;
- Compartilhamento de recursos entre um grande número de usuários;
- Medição e pagamento de acordo com o uso do serviço;
- Utilização de protocolos e tecnologias da internet para acesso aos recursos na nuvem.
Em resumo, uma empresa pode ter sua nuvem privada em seu próprio espaço físico, e gerenciá-la através de equipe própria ou de terceiros, ou ainda contratar uma nuvem privada através de recursos de datacenter com uma empresa como a Penso, que além de fornecer o ambiente tem todo o know-how para gerenciar e monitorar o ambiente e ainda cuidar de aspectos como segurança, contingência, disponibilidade, implantação das aplicações, entre outros.
Outras modalidades de nuvem
Este artigo faz parte de um especial de posts sobre modalidades de nuvem. Aprenda um pouco mais sobre as outras duas: