Há mais de quatro anos, nós escrevemos um artigo sobre como montar um CPD que já recebeu dezenas de milhares de acessos. Resolvemos, então, dar continuidade ao tema, desta vez falando sobre como gerenciar e suportar o CPD – também chamado data center, um termo mais difundido nos dias de hoje – seja em um pequeno escritório ou em uma grande empresa.
Por ser considerado um dos locais mais importantes da empresa, devido à quantidade de informações que processa e o valor dos equipamentos, o CPD demanda cuidados especiais com monitoramento, manutenção e segurança. Neste primeiro artigo, vamos focar nos cuidados com a parte física do CPD.
Gerenciamento e suporte à parte física do CPD
Uma vez que a infraestrutura está instalada, ou seja, com servidores, switches, storage, firewall, bem como acessórios de apoio como racks, cabeamento, refrigeração e no-breaks rodando, é importante garantir a sustentação de todos estes equipamentos, e isso pode ser feito através de recursos e serviços que possibilitam controlar e prolongar a vida útil dos equipamentos, bem como preservar e assegurar as informações que esses equipamentos processam e armazenam. Separamos então a gestão física do CPD em quatro pilares:
1. Manutenção preventiva de equipamentos
A manutenção preventiva tem como principal objetivo evitar falhas inesperadas que interferem na operação, bem como prolongar a vida útil dos equipamentos do CPD para garantir o ROI. Este tipo de manutenção deve ser planejada para ser realizada, preferencialmente, fora do expediente para não causar paradas na operação. A rotina de manutenção preventiva envolve análise de desgaste, manutenção de equipamentos que não estão apresentando o desempenho previsto e a troca de componentes que estão próximos do fim de sua vida útil. Para que esse controle seja preciso, além da rotina frequente e registrada das manutenções, é adequado possuir um inventário dos equipamentos com informações, como data de aquisição, período de garantia do fabricante e data de validade.
2. Monitoramento dos equipamentos
Existem diversos tipos de softwares que podem ser conectados aos equipamentos do CPD com a finalidade de monitorar sua saúde, disponibilidade e segurança. Esses softwares podem ser acompanhados por técnicos através de displays, seja essa equipe interna da empresa ou de um prestador de serviços, que acompanham em tempo real a disponibilidade e o desempenho das máquinas e equipamentos do CPD. Além disso, no caso de alguma falha, esses softwares podem emitir alertas – via e-mail ou SMS – para que os responsáveis tomem as medidas.
3. Atendimento de chamados relacionados aos equipamentos
A indisponibilidade de um CPD, e consequente inacessibilidade das informações, traz grandes perdas para o negócio – ociosidade de equipe, insatisfação de clientes, entre outros impactos financeiros. Mesmo com todos os equipamentos de apoio – energia, refrigeração etc- e com rotinas de manutenção preventiva, os equipamentos são passíveis a falhas e quebras. Neste casos, é importante possuir um profissional, ou equipe, dedicado para prestar o suporte com agilidade quando o problema ocorre, a fim de solucioná-lo com o menor impacto possível.
4. Redundância de equipamentos
Trabalhar com redundância de equipamentos, principalmente dos mais críticos, é um grande passo para manter a disponibilidade do CPD. É possível que um único equipamento seja responsável por parar todo o CPD e quando há redundância, no caso de quebra de um determinado equipamento, não é necessário aguardar a compra, entrega e instalação deste, uma vez que já existirá outro pronto para substituição na própria empresa.
Uma forte tendência é as empresas terem parcial ou totalmente o seu CPD na nuvem, pois as vantagens frente a comprar, implantar e gerenciar equipamentos em ambiente local são inúmeras. Contudo, vamos deixar esse assunto para um próximo post. Como falamos, neste artigo foram abordados os principais requisitos para suportar e gerenciar a parte física do CPD. Espere pelo próximo, onde falaremos sobre como gerenciar e suportar a parte lógica.