Contratar um serviço de cloud, hoje em dia, é uma atividade quase trivial para gestores de TI. Também é público e notório que recorrer a tal ferramenta traz inúmeras vantagens para negócios de qualquer setor. Uma pesquisa da Frost&Sullivan, publicada recentemente, mostrou que pelo menos duas em cada três empresas brasileiras estão caminhando para a nuvem.
Se a adoção de serviços corporativos de nuvem é vital para a proteção de sistemas e informações de empresas, com governos isso não seria diferente – é, na verdade, uma medida prioritária. Muitos órgãos federais já modernizaram seus sistemas e passaram a contar com serviços profissionais de nuvem. O SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados), inclusive, criou a primeira nuvem do governo federal, projetada em software livre, e que abriga soluções para o programa “Cidades Digitais”.
Com os órgãos públicos utilizando cada vez mais esse tipo de solução, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP) divulgou um manual com orientações e vedações para contratação de soluções de TI, especialmente serviços de nuvem, por órgãos do governo brasileiro.
O manual traça algumas diretrizes e resoluções que prometem otimizar os recursos de infraestrutura e resguardar o governo em eventuais questões legais. Uma das principais resoluções do documento exige que os dados e informações de órgãos públicos devem ficar hospedados em data centers no Brasil. Outra determinação veda a contratação de salas-cofre e salas seguras por órgãos do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP), visando reduzir gastos.
Outra recomendação aos setores públicos que consta no documento é a utilização do modelo de nuvem híbrida, que possibilita a contratação de serviços privados que não comprometam a segurança nacional. Alguns fornecedores de serviços corporativos de nuvem já atuam em conformidade com as diretrizes do manual do Ministério do Planejamento.
“Tivemos a felicidade de nos anteciparmos às necessidades de órgãos públicos em relação à contratação de serviços de nuvem, graças à tradição que temos em identificar previamente a necessidade de cada tipo de cliente. Então antes mesmo da publicação do Manual, já éramos capazes de suprir todas as demandas de dados e sistemas governamentais”, comenta Thiago Madeira de Lima, Diretor Executivo da Penso Tecnologia.
Com essas regulamentações, o governo chancela a ideia de que a adoção da nuvem corporativa é um caminho inevitável e irreversível para quem precisa de segurança e eficiência na gestão de informações e dados. Mesmo que com restrições, a tecnologia disponibilizada, em diferentes âmbitos, certamente trará benefícios para os governos brasileiros.